Covid-19: doses de reforço vão avançar no Rio com idosos acamados

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) iniciou na segunda-feira (6) o agendamento de idosos acamados para receber a dose de reforço da vacina contra a covid-19.

O atendimento dos idosos que não têm condições de ir aos postos de vacinação terá início após a aplicação das doses de reforço em idosos residentes em instituições de longa permanência públicas e privadas, que começou na quarta-feira (1º) e termina no dia 10. Esse grupo foi o primeiro a ser vacinado na cidade. Em seguida, haverá a vacinação por faixa de idade, que, conforme o calendário divulgado pela SMS, começa no dia 13 deste mês e deve ser concluída no dia 30 de outubro. Essa etapa inclui pessoas com mais de 60 anos.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Márcio Garcia, tais metas precisam ser para atingidas para que se avance na cobertura de idosos com doses de reforço até o dia 30 de outubro. “Nossa expectativa é ter 100% dos idosos com a dose de reforço já aplicada”, disse Garcia, durante a apresentação do 35º Boletim Epidemiológico.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, as metas são baseadas nos contratos já assinados pelo Ministério da Saúde com os fabricantes das vacinas Pfizer e com o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “É muito importante que o ministério distribua o percentual correspondente à população da cidade do Rio de Janeiro para que a gente possa executar esse planejamento”, completou Soranz, também durante a apresentação do boletim.

Para receber as doses de reforço, os idosos precisam estar o esquema vacinal contra covid-19 completo, tendo recebido a segunda dose há, pelo menos, três meses. Segundo a secretaria, para a dose de reforço, serão usadas vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, dependendo da disponibilidade, independentemente do imunizante aplicado nas duas primeiras doses. Somente os idosos que tomaram as duas doses na cidade do Rio poderão receber o reforço no município.

Soranz destacou que a SMS insiste com o Ministério da Saúde e com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) na tese de que é fundamental o reforço ser dado a idosos acima de 60 anos e que, para isso, é preciso haver planejamento para a entrega das doses. A SES e o ministério definiram que a dose de reforço seja aplicada em pessoas com mais de 70 anos.

Ele enfatizou que é importante as secretarias municipal e estadual e o Ministério da Saúde planejarem a entrega das doses para os idosos acima de 60 anos. “Não se pode, em determinado momento da campanha, não ter feito esse planejamento porque isso vai salvar vidas. Os idosos, neste momento, precisam de uma dose de reforço para estar totalmente protegidos. Eles têm mais dificuldade de gerar produção de anticorpos e de uma melhor resposta imune. A dose de reforço é essencial para esse grupo”, afirmou Soranz, ao lembrar que o Chile e outros países avançaram nessa dose de reforço. “A gente precisa fazer isso aqui no Rio de Janeiro também”, afirmou.

O Ministério da Saúde informou que enviará ainda nesta sexta-feira (3) 202,5 mil doses de vacinas para o estado do Rio de Janeiro. Serão 112,3 mil doses da Pfizer e 90,2 mil doses da AstraZeneca.

Pedido

O secretário Daniel Soranz informou ter pedido ao Ministério da Saúde a abertura de um campo no Sistema de Informações do Plano Nacional de Imunização (SI-PNI) para registro do esquema vacinal tanto de pessoas que foram voluntárias nos estudos dos imunizantes quanto das que tomaram a vacina fora do Brasil.

Segundo o secretário, isso permitiria uniformizar as informações no sistema, além de facilitar a vida dessas pessoas.

Roubo de comprovantes

Soranz considerou uma exceção os casos de roubo ou furto de comprovantes de vacinação, que serão exigidos a partir do dia 15 deste mês para a entrada em alguns locais da cidade.

Mesmo assim, os casos estão sendo apurados pela Polícia Civil após denúncia feita pela secretaria. “É uma exceção: foram sete pessoas que tentaram levar os cartões de vacinação. A gente fez registro na delegacia sobre isso. É muito ruim. Os profissionais de saúde não estão acostumados a esse tipo de coisa”, disse o secretário.

“A gente espera que sejam mesmo, casos raros e está colocando uma série de medidas para tentar evitar que as pessoas façam isso”, afirmou Soranz, ressaltando que as equipes estão m atenção redobrada.

Fonte: Agência Brasil / Foto: Tânia Rêgo (Agência Brasil)

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