Comércio não aguenta nova paralisação sem financiamento dos governos

Sem o apoio do governo com auxílio ou empréstimos, o comércio varejista não irá aguentar mais uma paralisação. Segundo levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec–RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), mostra que 67% dos entrevistados esperam por queda mais de 50% no faturamento durante o período de fechamento.

Para 18,5%, o prejuízo deve ficar em torno de (26% a 50%). Apenas 4,1% dos comerciantes acreditam que haverá queda de (16% a 25%) da receita, seguidos por 0,8% que creem numa redução de (6% a 15%) do faturamento e 1,3% estimam queda de (até 5%) em suas receitas.

Somente 8,3% afirmaram que não esperam por queda na receita até o momento.

A pesquisa contou com a participação de 711 empresários da cidade do Rio de Janeiro e ocorreu nos dias 3 e 4 de abril.

Entre os 91,7% que tiveram alguma perda, quando questionados se após esse período de interrupção (14 dias) seus negócios suportariam uma nova paralisação, 89,4% acreditam que não, do outro lado, estão os 10,6% que creem na sobrevivência de suas empresas.

Já para os 10,6% dos entrevistados que suportariam uma nova paralisação, 36,4% afirmam que seus negócios aguentariam essa perda no faturamento por um período superior a 30 dias, seguidos por 27,3% que aguentariam esse prejuízo por até 30 dias. Para 19,7%, os negócios suportariam essa queda na receita somente por 15 dias e 16,6% acreditam que suas empresas só sobreviveriam por até uma semana.

Após dez dias de fiscalizações das medidas de restrição determinadas pelo decreto municipal, de sexta-feira (26) a domingo (4), a prefeitura do Rio de Janeiro registrou 10.238 autuações, como infrações sanitárias, multas de trânsito, reboques e apreensões de mercadorias, o fechamento de 130 estabelecimentos e 819 multas a ambulantes, restaurantes e bares.

Somente neste domingo, foram registradas 1.042 autuações, com 211 multas a estabelecimentos e ambulantes, além de nove interdições de bares e restaurantes, em funcionamento fora do permitido pelas determinações vigentes.

Os comboios de fiscalização contaram com agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública, Guarda Municipal, Vigilância Sanitária e apoio da Polícia Militar em diversos pontos da cidade como Acari, Vista Alegre, Jacarepaguá, Recreio e Barra da Tijuca.

As medidas restritivas do atual decreto seguirão em vigência até o fim da próxima quinta-feira. Entre os estabelecimentos proibidos de atender clientes de forma presencial estão bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques em geral, incluindo-se os da orla marítima. Poderão funcionar apenas com entregas a domicílio, drive-thru e retiradas, sendo vedado o consumo no local.

As praias permanecem fechadas para banho ou permanência na areia, sendo tolerada apenas a prática de exercícios individuais.

Continua proibida a permanência em vias públicas das 23h às 5h. Estabelecimentos e atividades comerciais poderão funcionar a partir de sexta-feira (9) em horários específicos. Clubes sociais e esportivos até 21h, com o acesso às áreas de lazer e recreação somente a partir das 11h.

Atividades de entretenimento, como museus, cinemas, teatros, casas de festa, circos, recreação infantil, parques de diversões, pistas de patinação e visitações turísticas podem funcionar das 12h às 21h, assim como as demais atividades de prestação de serviços.

Fonte: Monitor Mercatil / Foto: Divulgação Internet

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