Casas de shows reabrem no Rio com regras rígidas, capacidade reduzida e até cercadinho

Sete meses após fecharem as portas por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas casas de show cariocas retomam as atividades. Mas, agora, sob a jurisdição do tal novo normal, com regras e protocolos que seguem as orientações sanitárias dos órgãos responsáveis enquanto o mundo aguarda uma vacina para a Covid-19.

O Vivo Rio reabre amanhã, com apresentação de Maria Rita (dia 24 tem Diogo Nogueira; e, em 1º de novembro, Jorge Aragão), cheio de novidades: dos dois mil lugares da plateia, apenas 660 estarão disponíveis; os camarotes tiveram sua capacidade reduzida pela metade; e a venda de ingressos será apenas pelo site, sem oferta física na bilheteria.

— Estamos seguindo todos os protocolos exigidos, limpando todos os tubos de ar-condicionado, fazendo higienização, estipulando horários de entrada específicos para cada setor, tudo para evitar aglomeração. A fila na entrada da casa vai ter demarcação, e os profissionais foram orientados para sempre manter uso de máscara, oferecer e usar álcool em gel. A saída do público vai ser preferencialmente pela porta de emergência, ou seja, mais duas opções de escape — explica Bianca Labruna, diretora artística do Vivo Rio.

Na Barra, a Cidade das Artes, que conta com salas de concerto de acústica privilegiada, optou pelo projeto Jardim das Artes, com palco ao ar livre. Em tempos de pandemia, o esquema escolhido foi o bom e velho “cada um no seu quadrado”, com 150 cercadinhos — batizados de lounges — para até seis pessoas. A retomada foi no último fim de semana, com Sorriso Maroto e Pagode do DDP. Amanhã é a vez do cantor Belo, que relembra seus sucessos.

As regras no local são rígidas. Além do uso obrigatório de máscaras, não é permitido sair do lounge. Para ir ao banheiro, cada pessoa deve marcar horário por meio de um aplicativo, mesmo caminho para comprar comida e bebida. Tanto na entrada quanto na fila dos sanitários, a distância mínima de dois metros entre as pessoas deve ser respeitada. Quem insistir em sair do lounge ou ficar sem máscara será convidado a deixar o evento.

— Pensamos em que forma segura de entretenimento poderíamos oferecer. E o jardim, com 15 mil m², é a única forma para a gente conseguir realizar um evento mantendo distanciamento. Em cada corredor há um segurança, um monitor e um agente. A fila é toda marcada com distância, tem medição de temperatura, para quem não tiver máscara a gente dá uma, totens de álcool gel em todos os lugares. Quem sair do quadrado mais de uma vez a gente pede para se retirar. Todos estão respeitando, tem dado muito certo — comenta Renata Monteiro, presidente da Cidade das Artes.

Fonte: Jornal O Globo / Foto: Raphael Medeiros Guimaraes / Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *